sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Espaço Urbano e Transporte Público de Passageiros – mobilidade deve ser boa para todos


 

 

 Não tenho dúvida de que o estudo de 2013, se feito hoje, teria o mesmo diagnóstico sobre o Transporte Público de Passageiros, conforme segue.

 

 

 

*  Práticas dos profissionais do transporte de passageiros: parada fora do ponto com prejuízo ao trânsito; velocidade excessiva pela falta de limitador nos veículos; conversa alta e descontraída entre motorista e cobrador durante a viagem; interrupção do trajeto para compra de lanche ou uso de banheiro.

 

*  Condições de trabalho dos profissionais: quantidade excessiva de horas; poucas pausas para uso de banheiro e para alimentação; desconhecimento da legislação sobre a gratuidade e intolerância com os idosos, estudantes e deficientes; pressões sobre o motorista advindas dos passageiros, supervisores, despachantes e donos de empresas.

 

*  Problemas de infraestrutura urbana: os terminais de transição de rotas não são planejados e instalados de maneira adequada ao uso pelos profissionais – em geral se situam em local aberto, não edificado, sem cobertura e facilidades para intervalo de descanso, alimentação e banheiros apropriados; os ônibus são construídos com carrocerias de caminhão, sem amortecedores suficientes (diferente de suspensão) e feitas para carga delicada com alto investimento.

 

*  Influência das relações sociais: defesa de interesses individuais; atitude dos passageiros mais jovens diante da entrada de um idoso; indiferença de motorista e cobrador em relação às limitações de idosos e deficientes; foco na pressa; visão de poder do passageiro pagante e do motorista à frente de veículo mais potente que os demais.

 O estudo denominado “Projeto Transporte Amigo do Idoso – TAÍ” envolveu setores da sociedade civil empenhados na melhoria da mobilidade urbana. O motorista de ônibus foi escolhido como elemento propulsor das reflexões a serem propostas para todos os operadores do transporte público coletivo. Os resultados acima foram consolidados pelo “Comitê Intersetorial” do Projeto TAÍ, formado por organizações do setor de transporte e dos governos estadual e municipal do Rio de Janeiro, além de entidades acadêmicas, empresas privadas e colaboradores individuais.

 

Esses resultados, assim como de uma pesquisa, foram encaminhados a autoridades, sem qualquer providência.

 

Saiba Mais: Relatório Transporte Amigo do Idoso

 

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